Um relatório publicado recentemente pela a16z revela que o mundo das criptomoedas está enfrentando uma nova fase, deixando para trás a adolescência e adentrando a vida adulta.
O estudo, que é anual, destaca a entrada de grandes instituições no setor, como Visa e BlackRock. Isso é um sinal claro de que as criptomoedas estão ganhando legitimidade. Além disso, mais de US$ 175 bilhões já foram investidos em ETFs, que são fundos que acompanham a performance de ativos digitais.
No que diz respeito ao funcionamento das blockchains, os números são impressionantes: elas estão processando cerca de 3.400 transações por segundo, mostrando um crescimento significativo se comparado ao passado. As stablecoins, por sua vez, movimentaram cerca de US$ 46 trilhões anualmente, rivalizando com gigantes de pagamentos como Visa e PayPal.
Criptomoedas estão entrando em sua fase adulta, diz a16z
O início do relatório já mostra que o mercado de criptomoedas viveu diversas fases, incluindo ICOs, DeFi, NFTs e até mesmo memecoins. Agora, os analistas apontam que estamos na era das stablecoins e passando por uma mudança regulatória importante.
O Bitcoin ainda se destaca como a principal moeda digital, atuando ora como uma âncora econômica, ora como um ativo mais arriscado. Curiosamente, estima-se que o número de usuários ativos de criptomoedas tenha crescido para entre 40 a 70 milhões.
Grande parte desse crescimento se deve à participação de instituições financeiras renomadas, como Fidelity e Mastercard, que estão ajudando a moldar a infraestrutura do mercado.
Stablecoins assumem papel fundamental na adoção das criptomoedas
Um dos setores que mais se desenvolveram recentemente é o das stablecoins. A a16z aponta que o interesse por essas moedas subiu consideravelmente, especialmente com grandes nomes do mercado, como Visa e PayPal, se envolvendo nesse tipo de ativo.
Um ponto forte a favor das stablecoins é que elas oferecem uma das maneiras mais baratas de enviar dinheiro, com custos que podem ser inferiores a 1 centavo e transferências realizadas em menos de um segundo. Isso gera uma economia significativa para empresas e usuários que utilizam essas moedinhas digitais.
E você sabia que 99,8% das stablecoins no mercado são atreladas ao dólar? Isso tem impulsionado o uso desta moeda no cenário global. Além disso, as empresas emissoras de stablecoins já estão entre os 20 maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA, superando até países como a Arábia Saudita.
Neste contexto, é claro como o volume de transações com stablecoins continua a subir, alcançando recordes mês a mês.
DeFi e RWA continuam sendo duas fortes narrativas, diz a16z
Os setores de DeFi (finanças descentralizadas) e RWA (ativos do mundo real) também estão em alta. O exemplo da Hyperliquid, que já gera lucros anuais acima de US$ 1 bilhão, ilustra bem esse crescimento.
Quanto aos RWA, as grandes utilizações incluem a tokenização de ativos, como crédito privado e commodities. Nomes reconhecidos como BlackRock e Franklin Templeton já estão inseridos nesse universo, escolhendo a Ethereum como sua rede preferida.
Blockchains estão processando mais de 3.400 transações por segundo
Historicamente, o Bitcoin e outras criptomoedas sofreram críticas por sua falta de escalabilidade. No entanto, novas soluções têm surgido para aumentar a atividade nas blockchains. Em um passado não tão distante, menos de 25 transações eram registradas por segundo, mas agora esse número subiu para mais de 3.400 TPS.
Para se ter uma ideia do impacto, a Nasdaq, durante seu horário de funcionamento, realiza cerca de 2.400 TPS e os cartões de crédito chegam a 24.500 TPS.
Além disso, a necessidade de privacidade nas transações se revela cada vez mais urgente. A reportagem destaca que essa busca por soluções já começou há algumas décadas e continua a ser um tema relevante no mundo das criptomoedas.
